quarta-feira, 28 de dezembro de 2011


O CATIVEIRO PELAGIANO DA IGREJA EVANGÉLICA

Em um texto intitulado: O cativeiro pelagiano da igreja. R.C. Sproul chama a atenção ao fato da igreja evangélica está revisitando a controvertida e herética doutrina ensinada por Pelágio, a qual foi combatida por Agostinho e concílios da igreja, hoje, entretanto, tem sido aceita em tom passivo por muitas comunidades cristãs.

Quem foi Pelágio.

Pelágio foi um monge britânico do quinto século. Ele afirmava que o pecado de Adão e Eva não passou a sua posteridade. O pecado de Adão afetou a ele somente, portanto,não existe o pecado original.
Não houve transmissão de culpa ou queda. Ou seja, nós nascemos inocentes e livres da culpa. E Pelágio prossegue: É possível a qualquer pessoa viver uma vida de obediência a Deus, uma vida de perfeição moral sem nenhuma ajuda de Jesus e da graça de Deus.
É claro que Agostinho contemporâneo de Pelágio não iria ficar emudecido frente à tamanha heresia. Agostinho chamou-o para batalha e provou que Pelagio não apenas estava errado, mas pregava uma heresia. Desta forma o quinto século condenou Pelágio como herege.

O pelagianismo. Foi condenado no concílio de Orange, no concílio de Florença, depois no concílio de Cartago e também no concílio de Trento. Mas hoje infelizmente tem sido descoberto e passivamente aceito em muitas igrejas de nosso tempo. Por essa razão, R.C.Sproul troveja:

Se Lutero vivesse hoje e tomasse sua pena para escrever, o livro que poderia escrever em nosso tempo seria intitulado “O CATIVEIRO PELAGIANO DA IGREJA EVANGÉLICA”.

E Sproul continua:
Na edição de Fleming Revell de “ESCRAVIDÃO DA VONTADE”, os tradutores  J.Packer e R.Johnston, incluíram uma introdução teológica e histórica extensa e confrontante para este livro. O seguinte parágrafo é parte do fim desta introdução:

Estas coisas precisam ser consideradas pelos protestantes de hoje. Com que direito podemos chamar a nós mesmos com filhos da reforma? Muito do protestantismo moderno nem podia chamar-se reformado...

A escravidão da vontade coloca diante de nós o que eles criam acerca da salvação da humanidade perdida. A luz disto, estamos obrigados a perguntar se a cristandade protestante não tem vendido seu legado entre os dias de Lutero e os nossos. Não tem o protestantismo de hoje mais de Erasmo do que de Lutero? Muitas vezes não temos tratado de minimizar e ofuscar as diferenças doutrinais em nome da paz entre grupos? Somos inocentes da indiferença doutrinal, a qual Lutero atribuiu a Erasmo? Permanecemos crendo que a doutrina importa?

Em Cristo - Adriano

Fonte: La Cautividad Pelagiana de la Iglesia( R.C.Sproul)
In: Rev. Adriano Carvalho

terça-feira, 27 de dezembro de 2011


PROPOSTA PARA UMA BOA EXEGESE

A palavra exegese deriva do grego exegeomaiexegesisex tem o sentido de ex-trair, ex-ternar, ex-teriorizar, ex-por; quer dizer,conduzirguiar. Assim podemos dizer que a exegese é um método através do qual se extrai de forma coerente o significado de um texto. Não é uma tarefa para preguiçoso, exige em alguns casos uma dedicação hercúlea e um mínimo de conhecimento técnico, o qual se usado corretamente trará para fora o significado que subjazia inserido no tecido do texto. Um bom exegeta não se satisfaz com uma simples leitura textual, ele sempre quer mais, é por assim dizer, um escavador, não se contenta em estar apenas na superfície, quer descer as regiões abissais.

O texto a seguir é uma boa proposta para aqueles que pretendem fazer exegese com coerência e exatidão, quando possível.

IMPORTANTE!

Com exceção de uns poucos documentos bíblicos bem curtos, que podem ser tomados na íntegra, todo estudo exegético pressupõe uma delimitação do texto. Muitas vezes, especialmente quando se trata de exegese feita num contexto eclesiástico, o texto é uma leitura escolhida para o culto. Convém observar onde começa e onde termina a seleção de versículos.
Nem sempre a divisão de capítulos e versículos respeita a progressão do pensamento ou a noção moderna de parágrafos. Aliás, essa divisão em capítulos e versículos, que é muito útil para localizar passagens, não pode ser usada para delimitar unidades de sentido, e não raras vezes leva a uma fragmentação indevida dos textos. Existem divisões de capítulos e versículos mal feitas, como é o caso de Is 53.1 (o texto começa, a rigor, em Is 52.13), ICo 13.1 (o texto começa em 12.31b), e ICo 14.33b (um novo assunto começa na metade do versículo).
Junto com a delimitação do texto pode vir o exame dos títulos de seção, adicionados pelos editores do texto bíblico. Esses títulos podem ser adequados, como podem também induzir o leitor a ignorar um aspecto importante da seção. Em todo caso, dão uma ideia do assunto de cada seção e por vezes trazem títulos sugestivos e até criativos.
Nesse primeiro contato com o texto, o leitor talvez queira dar ouvidos à "tonalidade" do mesmo. Em outras palavras, poderia perguntar que música escolheria como fundo para o texto.

GÊNEROS BÍBLICOS

Os principais gêneros bíblicos são o narrativo (ou histórico), o poético (salmos e provérbios) e o argumentativo (epístolas). Talvez o mais importante seja distinguir entre o gênero poético, eivado de linguagem figurada, e os demais gêneros.
Também é possível fazer o destaque daquilo que é inusitado. Por exemplo, um salmo em Crônicas (1Cr 16), história num livro profético (Is 36 a 39), uma epístola em Atos (At 15), um hino numa epístola (Fp 2), etc.

CRÍTICA TEXTUAL

A edição crítica do texto hebraico ou grego registra alguma variante textual? Por que teria surgido a variante, ou, então, o que incomodou os copistas a ponto de introduzirem uma variante? Que diferença faz a variante? O intérprete nem sempre terá o preparo para argumentar ou, talvez, convencer os editores do texto original de que fizeram a escolha errada (isto é, que a variante deveria ser texto), mas precisa entender o processo de avaliação das variantes e o que levou os editores a fazerem a escolha que fizeram.
O exame do aparato crítico traz outra vantagem: coloca o intérprete de hoje em contato com os intérpretes do passado. A maioria das variantes tem pouca chance de desbancar o texto impresso como o texto original. Mas, na medida em que são explicações ou simplificações do texto, já ajudam na exegese. Além de chamar a atenção para o fato de se tratar de um texto difícil - o que explica o surgimento da variante - a própria variante faz parte da história da interpretação do texto. Um exegeta afirmou certa vez que, no seu caso, o texto estava entendido tão logo ele terminava a análise do aparato crítico. Todas as explicações necessárias estavam lá.

SEMÂNTICA

Aqui cabe verificar se o significado de todos os termos é conhecido. Para quem trabalha com o texto de Almeida, existe o Dicionário da Bíblia de Almeida. Nada se compara, no entanto, ao estudo do texto no original. Também aqui se aplica aquele ditado: "Leia sempre as fontes; delas tudo flui de modo natural".
Para muitos, ler o texto no original é trabalho penoso e demorado. Só que vale à pena, e tem suas vantagens. Como desacelera o processo, possibilita uma leitura vertical ou aprofundada, que se contrapõe à leitura extensa, superficial, pouco profunda. Possibilita fazer o que recomendava J. A. Bengel: "Leia a palavra de Deus como se fosse a primeira e a última vez".

SINTAXE

É preciso de todas as formas evitar a fragmentação do texto, que parece pressupor que o mesmo não passa de uma sequência de vocábulos isolados. Neste passo, o intérprete procura entender como os diferentes termos se relacionam dentro do texto (coordenação e subordinação).
O intérprete precisa tentar entender a progressão lógica ou a sequência do texto. Pode investigar o "movimento" do texto. Este pode ser visual, apresentando uma série de cenas. Pode ser narrativo, trazendo um pequeno enredo, com começo, meio e fim ou, então, conflito, complicação e resolução. Pode ainda ser argumentativo, feito de uma série de teses, com provas, etc.
Dessas observações resulta um esquema ou esboço. E alguém já disse, certa vez, falando a pregadores: "Dificilmente vocês conseguirão melhorar o esboço do Espírito Santo, embutido no próprio texto".

TRADUÇÕES

Toda tradução é uma interpretação do original. Traduções refletem o original e, muito antes de serem um problema, são uma bênção, pois, tomando todas em conjunto, o intérprete chegará mais perto do original, caso não tiver ele próprio acesso ao mesmo. Este já era o parecer de Agostinho:
A diversidade de traduções, contudo, tem sido mais ajuda do que obstáculo à compreensão do texto, isso ao se tratar de leitores não negligentes. (...) Pois é difícil que os tradutores se diferenciem entre Si a ponto de não se aproximarem por alguma semelhança. (A doutrina cristã, 11, cap. XI.17, pp.101-102)
Num certo sentido, exegese é tradução, isto é, o esforço por traduzir o texto original para uma linguagem compreensível hoje. Um estudo exegético é, portanto, um ensaio de tradução. Uma tradução pessoal do texto é um resumo desse estudo.

CONTEXTO LITERÁRIO E O CO-TEXTO

Contexto literário é aquilo que vem antes e depois do texto em estudo. Depois da atenção ao texto em Si, este é o princípio fundamental da exegese, pois, se a exegese termina mal, normalmente isto se deve à desconsideração do contexto literário. Um texto isolado, tirado do contexto, é um texto vulnerável, sem proteção. Exemplos de textos que adquirem um sentido um tanto diferente, fora de seus contextos, são ICo 2.9; ICo 3.16; Fp 4.13; IPe 5.8 .
Por mais que se destaque um texto, ele nunca deixa de ser parte de um todo maior. Neste sentido, não se deveria levar o termo perícope, que sugere um recorte, ao pé da letra. A analogia mais apropriada é a de uma toalha que é puxada ou erguida por alguém: a parte em que a pessoa pega é a que fica mais saliente, mas o resto da toalha vem junto.
Ainda em termos de co-texto, dado o efeito cumulativo de textos, o que vem antes (co-texto anterior) tende a ser mais importante do que aquilo que vem depois (co-texto posterior).

CONTEXTO HISTÓRICO

Estudar o contexto histórico pode ser um processo tão amplo e complicado quanto estudar toda a história bíblica, mas pode também ser delimitado ao que aparece no texto ou é sugerido por ele. Aqui, o intérprete pode investigar aspectos da história, geografia e cultura bíblicas. Também pode, na medida do possível, determinar por que o texto foi escrito e como teria sido entendido pelos primeiros leitores. Quem escreveu, quando e para quem também podem ser questões importantes.
Um exemplo da importância disso é o aparente conflito entre Paulo e Tiago no que diz respeito a fé e obras. A diferença de situação ou contexto, para não falar do uso das mesmas palavras com significados um tanto quanto diferentes, ajuda a explicar essa aparente divergência.
Para dar conta deste passo do método exegético, são valiosas as introduções aos livros bíblicos em Bíblias de Estudo, livros de introdução à Bíblia, dicionários bíblicos, e comentários bíblicos. Em muitos casos, a melhor introdução a um livro bíblico é aquela que aparece no início de um comentário àquele livro, especialmente comentários mais eruditos.
Muitas das informações contidas nesses materiais são reconstruções feitas a partir daquilo que o próprio texto bíblico diz. Há nisto uma boa dose de argumentação circular, ou seja, o intérprete se vale do texto para reconstruir a situação histórica, e, a partir dessa reconstrução, procura entender o texto. Em outras palavras, essas reconstruções são em boa parte hipotéticas, e não podem ser nem provadas nem desmentidas. Mesmo assim, essas informações, especialmente aquelas que são extraídas do próprio texto bíblico, têm o seu valor. Trata-se, de certa forma, da aplicação do princípio de "explicar a Bíblia pela própria Bíblia".

CONTEXTO TEOLÓGICO

O contexto teológico é o contexto conceituai de toda a Bíblia. Em outras palavras, ao voltar-se para este tópico, o leitor fica atento aos grandes temas bíblicos que eventualmente aparecem no texto, a saber, salvação, justiça, ira, fé, amor, etc. Esses temas podem ser estudados a partir de uma Chave Bíblica ou Concordância. Os dicionários teológicos também ajudam. Também é possível estabelecer conexões entre o texto em estudo e outros versículos da Bíblia. As passagens paralelas, que aparecem listadas abaixo dos títulos em muitas edições da Bíblia, e também as letrinhas em sobrescrito, que remetem a referências cruzadas listadas ao pé da página, facilitam o trabalho de estabelecer essas conexões. Para o Novo Testamento, o melhor recurso no que diz respeito a referências cruzadas é a edição grega de Nestle-Aland, para não falar das concordâncias gregas.
A Bíblia se explica sozinha, desde que o exegeta queira ouvir as explicações que ela tem a dar. E ela se explica principalmente a partir dos paralelos e das referências cruzadas, que, em geral, são paralelos de semelhança. Às vezes o paralelo complementa a passagem que se está estudando. Mais raramente se indica uma que contrasta com o texto em estudo.

CONCLUSÃO

Como você pôde ver caro leitor, fazer exegese é transpirar é suar a camisa! Mas isso ainda não é tudo! Sem a iluminação do Espírito Santo o trabalho do exegeta não será bem sucedido. Com disse Vilson Scholz citando Alan Cole: "Deus por vezes abençoa uma exegese mal feita de uma péssima tradução de um texto duvidoso de uma passagem obscura de um dos profetas menores" (STOTT, 1972, p.206). É verdade. Mas isso não autoriza o intérprete a ser displicente em sua leitura. Iluminação do Espírito não dispensa trabalho, nem está em conflito com transpiração, isto é, com esforço pessoal. Leitura e interpretação é trabalho árduo. A iluminação do Espírito se dá no ato de leitura, não antes dele nem em lugar dele.

quarta-feira, 21 de dezembro de 2011


O Natal e o Nome do Menino

"Ela dará à luz um filho e lhe porás o nome de Jesus, porque ele salvará o seu povo dos pecados deles" (Mateus 1:21).

De acordo com o relato acima do Evangelho de Mateus, o nome de Jesus Cristo foi dado pelo anjo Gabriel quando anunciou seu nascimento a José, desposado com a virgem Maria.  Gabriel não somente disse que Maria estava grávida pelo Espírito Santo de Deus como orientou José a chamar o filho de "Jesus". 

A razão para este nome, cuja raiz em hebraico significa "salvar," é que aquele menino, filho de Maria e Filho de Deus, haveria de salvar o seu povo dos seus pecados, conforme anunciou o anjo.
Não precisamos ir mais longe do que isso para entender o significado do Natal. Está tudo no nome do Menino. No nome dele, Jesus, temos a razão para seu nascimento, a sua identidade e a missão de sua vida. Em outras palavras, aquilo que o Natal realmente representa.

A razão do seu nascimento é simplesmente esta, que somos pecadores, estamos perdidos, não podemos resolver este problema por nós mesmos e precisamos desesperadamente de um Salvador, alguém que nos livre das consequências passadas, presentes e futuras dos nossos erros. Deus atendeu nossa necessidade escolhendo um homem como nós para ser nosso representante e Salvador, alguém que partilhasse da nossa humanidade e fosse um de nós. Esse homem nasceu há dois mil anos naquela manjedoura da cidade de Belém, num pais remoto, lá no Antigo Oriente. E ganhou o nome de Jesus por este motivo.

Sua missão era assumir nosso lugar como nosso representante diante de Deus e sofrer todas as consequências de nossos pecados, erros, iniqüidade, desvios e desobediências. Em vez de castigar-nos com a morte eterna, como merecemos, Deus faria com que ele a experimentasse em nosso lugar, que ele experimentasse toda dor e sofrimento conseqüentes dos nossos pecados. Essa missão foi revelada logo ao nascer pelo anjo Gabriel ao recitar seu nome a José: Jesus.

Para nos salvar de nossos pecados, ele teria de sofrer e morrer, ser sepultado, ficar sob o domínio da morte e desta forma pagar inteiramente nossa dívida para com Deus. Somente assim poderíamos ser salvos das consequências eternas de nossa desobediência. Mas, para que os benefícios de seu sofrimento e de sua morte pudessem ser transferidos a outros seres humanos, ele não poderia ter pecado ou culpa pois, senão, ao morrer, estaria simplesmente recebendo o salário do seu próprio pecado. Mas, se ele fosse inocente, sem pecado e perfeito, sua morte teria valor para os pecadores. Por este motivo, ele foi gerado pelo Espírito Santo no ventre de Maria, ainda virgem, Filho de Deus, sem pecado. O Salvador tinha que ser Deus e homem ao mesmo tempo.

Quando um colunista, que objeta ao nascimento sobrenatural de Jesus, escreveu recentemente em um jornal de grande circulação de São Paulo que virgens não dão à luz todos os dias, ele estava mais certo do que pensava. Esse é o único caso. Jesus é único. Deus e homem numa só pessoa. Nem antes e nem depois dele virgens engravidam sobrenaturalmente. Da mesma forma que Deus não cria mundos todos os dias, também não gera salvadores de virgens cotidianamente. Pois nos basta este.

O famoso teólogo suíço Emil Brunner disse que todo homem tem um problema no passado, no presente e no futuro. No passado, culpa. No presente, medo. E no futuro, a morte. Jesus nos salva de todas estas consequências do pecado: nos perdoa da culpa de nossos erros passados, nos livra no presente do medo ao andar conosco e nos livrará da morte pois ressurgiu dos mortos e vive à direita de Deus. Um dia haverá de nos ressuscitar.

É isto que o Natal representa. É por isto que os cristãos o celebram com tanta gratidão e alegria. Nasceu o Salvador. Nasceu Jesus!  Como este anúncio alegra o coração daqueles que têm culpa, sentem medo e sabem que vão morrer!

quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

O ESTABELECIMENTO DA ESCRITURA




  "Norma das Normas e sem norma". com essas palavras a igreja histórica confessava sua fé na autoridade da Escritura Sagrada. A frase "norma das normas" destinava-se a indicar o grau superlativo de modo semelhante à expressão usada no Novo Testamento para Cristo, no sentido de ser ele Rei dos Reis e Senhor dos Senhores.                                                          Ser Rei dos reis é ser o Rei supremo que governa sobre todos os demais reis. Ser Senhor dos senhores é ser exaltado acima de todos os senhores. De modo semelhante, a expressão "norma dos normas" indica tratar-se de norma que está acima de todas as demais. A frase complementar, "sem norma" , designa o caráter normativo da Escritura como sui generis, isto é, a norma em si mesma. Ela figura em condição exclusiva, não operando como norma primus inter pares, a primeira entre suas iguais.         Quando falamos do Cânon da Escritura, estamos falando de uma norma ou regra. O termo "cânon" deriva por transliteração da palavra grega kanon, que significa uma régua ou vara linear para medição, "regra" ou "norma". Em uso popular, o termo cânon refere-se uma coleção de livros individuais, que juntos compreendem o Antigo e Novo testamentos. É a lista completa de livros que é recebida pela Igreja e é codificada naquilo que chamamos Bíblia. A palavra "Bíblia", por sua vez procede a palavra grega que corresponde a "livro". Em sentindo estrito, a Bíblia não é um livro, e sim uma coleção de 66 livros. 
Um dos pontos mais importantes do "Cânon"é o da Compilação Histórica. O Cânon formou-se por decreto da igreja? Ele já existia na comunidade cristã primitiva? Foi ele estabelecido por intervenção especial da Providencia? É possível que certos livros que entraram no Cânon atual não deveriam ter sido incluídos? É possível que livros que foram excluídos deveriam ter sido incluídos?
Essas e outras questões são normais surgirem e ninguém que analisa o Cânon com olhar critico está isento de tais questionamentos assim como Lutero relutou para aceitar a Epístola de Tiago chegando a chama-la de Epístola de Palha ou Epístola Desgarrada.

A superiorida da Escritura é nossa garantia de uma base divina e diretiva que orienta e estabelece todo parâmetro que nós precisamos para viver. Nesta perspectiva não sobra espaço para inovações novas revelações e outras aberrações que possam surgir.



Em Cristo

Fonte: Dr. R.C. Sproul Sola Scriptura
Grifo e Comentário Meu

terça-feira, 6 de dezembro de 2011


A PALAVRA É EBENÉZER: ATÉ AQUI NOS AJUDOU O SENHOR?

"Tomou, então, Samuel uma pedra, e a pôs entre Mispa e Sem, e lhe chamou Ebenézer, e disse: Até aqui nos ajudou o SENHOR" (1Sm 7:12)

A palavra Ebenézer, muito embora estranha em português, é relativamente comum. É usada com frequência como nome de empreendimentos comerciais, escolas e até igrejas, meio que supersticiosamente, devido ao significado atribuído ao nome.

A história bíblica registra que enquanto Samuel sacrificava ao Senhor, os filisteus vieram à peleja contra Israel. Então o Senhor fez trovejar os céus e os filisteus fugiram aterrados, sendo perseguidos e vencidos pelos soldados de Israel."Tomou, então, Samuel uma pedra, e a pôs entre Mispa e Sem, e lhe chamou Ebenézer, e disse: Até aqui nos ajudou o SENHOR" (1Sm 7:12).

Ebenézer é pronunciado pelos crentes como significando "até aqui nos ajudou o Senhor". E não raro, se coloca o complemento "e por isso estamos alegres" que sequer se encontra no relato. Temos duas imprecisões aqui. A primeira, é que o acréscimo nada tem a ver com o episódio, mas foi importado do Salmo 126:3: "Com efeito, grandes coisas fez o SENHOR por nós; por isso, estamos alegres".

A segunda é que Ebenézer não significa "até aqui nos ajudou o Senhor". A palavra Eben ha- Ìezer é formada pela junção de duas outras, ’eben (pedra) e Ìezer (ajuda, socorro). Ebenézer, portanto, significa "pedra de ajuda" ou "pedra de socorro". A confusão é que se toma o motivo pelo qual Samuel erigiu o monumento com o significado do termo.

Soli Deo Gloria
Fonte: Cinco Solas
Grandes coisas fez o SENHOR por nós, pelas quais estamos alegres.
Salmos 126:3
Grandes coisas fez o SENHOR por nós, pelas quais estamos alegres.
Salmos 126:3

quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

Mensagem sobre o Salmo 88, profundo e real:

Excelente mensagem sobre o sofrimento, enquanto muitos pregadores estão maquiando a vida evangélica as Escrituras porém esclarecem a questão de forma contrária e realista.
Rev. Augustus Nicodemus na minha opinião um dos maiores exegetas do Brasil aborda de maneira profunda e em uma linguagem simples o Salmo 88.


Em Cristo - Adriano

Fonte: You Tube